sexta-feira, 12 de junho de 2009

Contribuições do aluno Lúcio Sidney

Centro de Ensino Fundamental 104 Norte
História
Profª Edileuza
Aluno: Lúcio Sidney

Material para estudo Prova de História

Regimes totalitários
Anos 20

Os Estados Unidos foram os grandes beneficiados com a Primeira Guerra Mundial, pois a guerra não aconteceu em território norte-americano. A guerra destruiu grande parte do potencial industrial europeu, permitindo que as exportações norte-americanas conquistassem um importante mercado.
Os Estados Unidos era responsável por 30% da produção mundial e ocupava o primeiro lugar na lista dos maiores exportadores do planeta, os setores que mais contribuíram foram: construção civil, a industria automobilística e o setor elétrico. A hegemonia internacional dos Estados Unidos só se abalou com a Grande depressão, em 1929. A França e a Grã Bretanha tinham imensas pesadas dívidas de guerra contraída com os estados Unidos.
A crise...
Alguns anos após a Primeira Guerra Mundial, os países europeus retornaram o desenvolvimento de suas indústrias e reduziram a procura pro produtos norte-americanos. Com a restrição dos produtos norte-americanos os países europeus provocaram o problema de Superprodução nos Estados Unidos ( as industrias produziam mais do que os mercados consumiam).
A partir de 1925 a tendência de crescimento norte-americano inverteu-se. O dinheiro foi retirado dos investimentos de setores produtivos com a indústria para serem investidos no mercado de ações.
Em 1929, a situação ficou insustentável. O investimento crescente na bolsa fazia as ações subirem rapidamente de preço, atingindo alto valor de mercado. Por outro lado, as empresas que essas ações representavam muitas vezes estavam à beira da falência de milhares de investidores. A queda vertiginosa no preço das ações levou ao Crack da bolsa de Nova York. A quebra no mercado das ações em 1929 trouxe a ruína milhares de investidores e o fechamento de inúmeras empresas.

New Deal
Em 1933 o democrata Franklin Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos, adotou um ambicioso programa de combate à crise, que ficou conhecido como New Deal (Novo Acordo), que falava que o Estado deveria interferir na economia quando necessário, o New Deal atuava nas seguintes Linhas: *Agricultura: recuperando preços e fornecendo incentivos às exportações. *Indústria: concessão de financiamentos a juros baixos,compra de ações ou nacionalização de empresas em dificuldades ou em processo de falência. *Emprego: jornada de trabalho foi reduzida, fixou-se o salário mínimo, construção de inúmeras obras publica.
Em geral as medidas do presidente foram bem recebidas pela população que o reelegeu em 1936 e novamente em 1940.




Fascismo
A catástrofe econômica de 1929 atingiu todo o mundo capitalista. A mais grave conseqüência da crise foi a escalada do desemprego. O liberalismo parecia não ter resposta para a crise. Trabalhadores, ativistas políticos intelectuais denunciavam o capitalismo como responsável pela crise e pregavam a revolução socialista. Setores da classe média e a grande burguesia apoiaram propostas autoritárias, com o objetivo de defender o capitalismo contra a ameaça comunista e recuperar valores nacionais.
Nos regimes totalitários a vontade do grupo se confunde com a vontade do estado. As instâncias da vida particular e cotidiana dos indivíduos sofrem a interferência do Estado: vida intima, formas de lazer, leituras, crenças. Toda e qualquer forma de discordância ou oposição em relação às decisões do governo é encarada como crime.
O fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha foram duas das principais manifestações de regimes militarizados e centralizados na Europa do entre guerras. Portugal, Espanha, Polônia, Áustria, Hungria entre outros países também tiveram expectativas autoritárias.

Fascistas no poder
A crise do pós-guerra e o fortalecimento das organizações operárias representavam uma ameaça à manutenção da monarquia italiana. A burguesia e a classe média abriram espaço para a fundação dos fascio di combattimento, grupos para limitarem liderados por Benito Mussolini.
Em 1922, Mussolini e seu grupo atacavam violentamente as organizações operárias e socialistas.
Em outubro de 1922, os fascista promoveram a Marcha Sobre Roma, Nela exigiam a entrega do poder para Mussolini. O rei pressionado convocou o líder fascista a formar um novo governo.
Depois disso, a Itália entrou numa fase de recuperação. O investimento do estado na infra-estrutura urbana e na construção de obras públicas foi a estratégia fascista pra combater o desemprego.

Nazismo
Ao final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi declarada responsável por todos os danos causados aos países vencedores. Pelo Tratado de Versalhes, os alemães foram obrigados a pagar todo os prejuízos causados, proibido de ter um exercito com mais de 100.000 homens, perderia suas colônias e uma parte de seu território.
A doutrina Nazista proclamava a superioridade da raça ariana. O partido foi fundado em 1919. Os nazistas procuraram explorar o sentimento nacionalista do povo alemão, abalado com os resultados da Primeira Guerra Mundial. Além disso a estrutura do partido fortemente militarizada simbolizava a idéia de ordem num país que estava desorganizado politicamente e socioeconomicamente.
Para ampliar o apoio popular, os nazistas apresentaram propostas que beneficiavam os trabalhadores do campo e das cidades: * Reforma agrária sem idenizações. * Anulação da dívidas dos agricultores, preços melhores para as colheitas.
Explorando o nacionalismo alemão, os nazistas responsabilizaram os judeus, os comunistas e o governo republicano e liberal de Weimar pela situação desesperadora da Alemanha.
Em novembro d e 1923, na cidade de Munique, um grupo de nazistas, liderados por Adolf Hitler, tentou dar um golpe ( putsch). O golpe foi reprimido e os rebeldes presos. Na prisão, Hitler escreveu Mein Kampf ( minha luta).

Nazistas no poder
Em julho de 1932, o Partido Nazista conseguiu vencer as eleições para o Parlamento, o Reichstang. Em janeiro de 1933, Hitler foi convidado a assumir a chefia do governo alemão. Os nazistas chegavam ao poder.
Ao mesmo tempo em que reprimia toda a manifestação opositora, o regime nazista implementava diferentes políticas para atender suas popularidade: *Pandermanismo: segundo essa tese, O Estado alemão deveria reunir todos os alemães que viviam em outros países em uma mesma nação e, seguida, estender seu domínio sobre outros territórios para assegurar sua permanência como potência mundial. *O espaço vital: por esse principio, os “povos inferiores” deveriam ser dominados e a parte da sua população eliminada, garantindo-se territórios onde os alemães, a “raça superior”, pudessem se multiplicar e viver adequadamente.

Quem foi Hitler?
Adolf Hitler nasceu na Áustria (1889), de família pobre. Queria ser artista mas foi reprovado na Academia de Viena. Como tantos austríacos, Hitler se considerava alemão. Foi na cidade alemã de Munique que entrou para o Partido Nazista e, já em 1923, puxou uns meses de cadeia pro ter falhado na tentativa de dar um golpe de Estado. No seu livro definiu os ideais nazi-fascistas.

As principais idéias fascistas
*Anticomunismo: os fascistas se odiavam os comunistas
*Antiliberal ismo: os fascistas defendiam o regime ditatorial.
*Totalitarismo: o individuo obedece ao Estado sem contestação.
* Militarismo e culto à violência: a guerra é glorificada com atividade mais nobre.
*Nacionalismo xenófobo: odeiam tudo o que é estrangeiro, se consideram melhores e controlam a entrada de tudo o que é estrangeiro.
*Racismo: são idéias preconceituosas sobre o tipo de raça.
*Culto ao chefe supremo da nação: Hitler “pai da nação”, chefe supremo.
*Irracionalismo: Os fascista não queriam que a população pensasse eles pensariam e o que pensassem estava certo.

Diferenças em Hitler e Mussolini
Hitler- era o chefe do nazismo, Alemanha, odeia os judeus, chegaram ao poder em 1932.
Mussolini- era o chefe do fascismo, Itália, chegaram ao poder em 1922.
As principais diferenças são essas pois os ideais são idênticos pois o nazismo foi “inspirado” do fascismo.

domingo, 31 de maio de 2009

sugestões de filmes Nazismo e Fascismo

Roma cidade aberta (Roma città aperta) - Roberto Rosselini, 1945

Inferno Nº. 17 (Stalag 17) - Billy Wilder, 1953

Os Canhões de Navarone (The Guns of Navarone) - J. Lee Thompson, 1961

O Mais Longo dos Dias (The Longest Day) - Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki e Darryl F. Zanuck, 1962

Morituri - Bernhard Wicki, 1965

The Dirty Dozen - Robert Aldrich, 1967

Where Eagles Dare - Brian Hutton, 1968

Tora! Tora! Tora! - Richard Fleischer, Kinji Fukasaku, Toshio Masuda, 1970

Uma Ponte longe Demais - A Bridge Too far Joseph E. Levine, 1973

A Batalha de Midway (Midway) - Charlton Heston e Henry Fonda - Universal Studios, 1976

A Escolha de Sofia (Sophie's Choice) - Alan J. Pakula, 1982

Furyo - Em nome da Honra (Merry Christmas, Mr. Lawrence) - Nagisa Oshima, 1983

O Império do Sol (Empire of the Sun) - Steven Spielberg, 1987

Memphis Belle - Michael Caton-Jones, 1990

A Lista de Schindler (Schindler's List) - Steven Spielberg 1993

Stalingrado - A Batalha Final (Stalingrad) - Joseph Vilsmaier, 1993

A Vida é Bela (La Vita è Bella) - Roberto Benigni, 1997

Além da Linha Vermelha (The Thin Red Line) - Terrence Malick, 1998

O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan) - Steven Spielberg 1998

Inferno na Floresta (When Trumpets Fade) - John Irwin, 1998

Anne Frank - Jon Blair, 2001

Círculo de Fogo (Enemy at the Gates) - Jean-Jacques Annaud, 2001

O Bandolim do Capitão Corelli (Captain Corelli's Mandolin) - John Madden, 2001

A Guerra de Hart (Hart's War) - Gregory Hoblit, 2002

Códigos de Guerra (Windtalkers) - John Woo, 2002

O Pianista (The Pianist) -Roman Polanski, 2002

A Estrela (Zvezda) - Nikolai Lebedev, 2002

Olga - Jayme Monjardim e Camila Morgado, 2004

A Queda - As Últimas Horas de Hitler - Oliver Hirschbiegel, 2004

A Conquista da Honra (Flags of Our Fathers) - Clint Eastwood, 2006

Amem (Amem) - Costa-Gavras, 2002

Cartas de Iwo Jima (Letters from Iwo Jima) - Clint Eastwood, 2006

Dias de Glória (Indigènes) - Rachid Bouchareb, 2006

Austrália (Australia) - Baz Luhrmann,2008

O menino do pijama listrado (The Boy in the Striped Pyjamas) - Mark Herman, 2008

2ª guerra mundial




Causas da Guerra

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

A Primeira Guerra Mundial - "feita para pôr fim a todas as guerras" - transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o Tratado de Versalhes (1919) disseminou um forte sentimento nacionalista, que culminou no totalitarismo nazi-fascista. As contradições se aguçaram com os efeitos da Grande Depressão. Além disso, a política de apaziguamento, adotada por alguns líderes políticos do período entre guerras e que se caracterizou por concessões para evitar um confronto, não conseguiu garantir a paz internacional.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.

Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).

Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

O Início

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).

Adolf Hitler

Logo após o abandono da Liga das Nações (que já se ressentia da ausência dos Estados Unidos e URSS) pelo Japão, foi a vez da Alemanha retirar-se. Anunciando a saída da representação germânica, Hitler declarou que o não desarmamento das outras nações obrigava a Alemanha àquela forma de protesto. Embora na realidade ele simplesmente desejasse furtar-se às peias que a Liga das Nações poderia opor à sua política militarista, o Führerexpansionistas. O nazismo fortalecia-se rapidamente na Alemanha. teve o cuidado de reiterar os propósitos pacifistas de seu governo. Aliás, nos anos seguintes, Hitler proclamaria suas intenções conciliatórias em várias oportunidades, como meio de acobertar objetivos

A primeira tentativa expansionista do III Reich fracassou. Desde sua ascensão ao poder, Hitler vinha incentivando o desenvolvimento de um partido nazista austríaco, como base para uma posterior anexação da Áustria à Alemanha. Nessa época, os austríacos estavam sob o governo ditatorial do chanceler católico Engelbert Dollfuss, inquebrantável defensor da independência de seu país. Em 27 de Julho de 1934, Dollfuss foi assassinado em Viena, por um grupo de nazistas sublevados. Mussolini, temendo que os alemães ocupassem a Áustria, enviou tropas para a fronteira, enquanto a Europa era sacudida por um frêmito de indignação contra a Alemanha. Hitler, porém, recuou, negando qualquer conivência com os conspiradores austríacos. Dollfuss foi sucedido por von Schuschnigg (Kurt Edler, n. 1897), que continuou a política conservadora e nacionalista de seu antecessor.

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:

O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.

De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.

O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Cronologia da Segunda Guerra Mundial

Primeiro Período 1937-1941

A guerra sino-japonesa divide-se em dois grandes períodos: o primeiro deles, denominado de período crítico, teve seu início em julho de 1937 quando os nipônicos lançam sua ofensiva-relâmpago sobre as províncias do Norte e Leste (Hopei, Shantung, Shanxi, Chamar e Suyan) com o objetivo de separá-las da China, seguindo os ditames do "Memorial Tanaka". Numa audaciosa operação de desembarque, ocuparam mais ao sul Cantão, uns anos depois Hong KongMacau, nomeadamente Lapa, Dom João e Montanha. Os invasores tiveram seu caminho facilitado por encontrarem pela frente uma China politicamente desorganizada, onde a rivalidade militar entre nacionalistas e comunistas havia sido suspensa a contra gosto, vendo-se ainda subdividida em várias "autoridades locais", que se mostraram relutantes em oferecer-lhes uma resistência efetiva e coerente. (que era colônia inglesa) e partes de

Mesmo assim Chiang Kai-shek e Mao Tse-tung assinam um acordo em 22 de setembro de 1937, pelo qual os comunistas abandonam seu projeto de um governo revolucionário e passavam a designar sua área de domínio como Governo Autônomo da Região Fronteiriça, enquanto o Exército Vermelho mudou seu nome para ser o Exército Revolucionário Nacional, renunciando a insurgir-se contra o governo de Chiang Kai-shek que, pelo seu lado, comprometeu-se a suspender as operações anticomunistas.

A estratégia japonesa baseava-se em sua mobilidade, fruto do desenvolvimento industrial do país. A ofensiva-relâmpago deles rapidamente ocupou Pequim em 8 de agosto de 1937, em seguida capitularam Tientsin e Shangai. Depois de quebrarem a encarniçada resistência das tropas chinesas, que lhes resistiram por três meses numa batalha nas ruas de Shangai, os japoneses marcharam para dentro do continente e, logo depois, em 13 de dezembro de 1937 entram em Nanquim.

Invasão de Nanquim
Nanquim, era a antiga capital imperial, e também ex-sede do governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Os soldados japoneses sob o comando do general Iwane Matsui1937 a invasão de Nanquim". Um ano depois de terem tomado a ofensiva, os nipônicos controlam amplas margens do Mar da China, ocupando uma boa parte da costa, na tentativa de isolar o país de qualquer auxílio ocidental. Apesar da simpatias americanas e britânicas inclinarem-se para os chineses, devido à rivalidade colonial que tinham com os nipônicos pela hegemonia sobre a Ásia, nada podem fazer de prático para ajudá-los. realizaram a partir de dezembro de

Este período de seguidos triunfos japoneses chegou ao seu clímax com a invasão de outras partes da Ásia pelo Exército e pela Marinha Imperial (Indochina, Indonésia, Malásia, Filipinas e Birmânia), seguida da desastrosa decisão do Micado de estender a guerra aos Estados Unidos.

O surpreendente ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbour em 7 de dezembro de 1941, obrigou o império do Sol Nascente a espalhar os seus recursos militares pelo Pacífico Ocidental, declinando como conseqüência disso as atividades bélicas no fronte da China.

Segundo período da guerra sino-japonesa - 1941-1945

No segundo período, que vai de dezembro de 1941 até agosto de 1945, os Estados Unidos assumem a tarefa de derrotar os japoneses, enquanto os exércitos nacionalistas chineses atuam apenas em pequenas escaramuças visando à fixação e ao desgaste do inimigo.

Consciente da sua absoluta inferioridade militar e estratégica, Chiang Kai-shek após sete meses de infrutífera resistência, ordenara a adoção da política de "vender espaço para ganhar tempo", que implicava na renúncia de enormes extensões territoriais chinesas. Ao mesmo tempo em que recuavam, as tropas nacionalistas dedicaram-se à tática da destruição sistemática da infra-estrutura rural e urbana das regiões que fatalmente seriam ocupadas pelos invasores, tal como a explosão de diques do Rio Amarelo, que provocou a inundação de milhares de quilômetros quadrados de terras aráveis, arrasando e arruinando por muitos anos as propriedades camponesas, mas que somente atrasou o japoneses em três meses, ou o incêndio precipitado de Changsha, a capital de Hunan (fruto do pânico das tropas chinesas em debandada).

Início da guerra na Europa

O plano de expansão do governo envolvia uma série de etapas. Em 1938, com o apoio de parte da população austríaca, o governo nazista anexou a Áustria, episódio conhecido como Anschluss.Em seguida, reivindicou a integração das minorias germânicas que habitavam os Sudetas (região montanhosa da Checoslováquia). Como esta não estava disposta a ceder, a guerra parecia iminente, foi então convocada uma conferência internacional em Munique. Na conferência de Munique, em setembro de 1938, ingleses e franceses, seguindo a política de apaziguamento, cederam à vontade de Hitler, concordando com a anexação dos Sudetos.

A 1º de Setembro de 1939, o exército alemão lançou uma forte ofensiva de surpresa contra a Polónia, com o principal objectivo de reconquistar seus territórios perdidos na Primeira Guerra Mundial e com o objetivo secundário de expandir o território alemão. As tropas alemãs conseguiram derrotar as tropas polacas em apenas um mês. A União Soviética tornou efetivo o acordo (Ribbentrop-Molotov) com a Alemanha nazi e ocupou a parte oriental da Polónia. A Grã-Bretanha e a França, responderam à ocupação declarando guerra à Alemanha, mas não entrando, porém, imediatamente em combate. A Itália, nesta fase, declarou-se "país neutro".

A guerra relâmpago

A 10 de Maio de 1940, o exército alemão lançou uma ofensiva, também de surpresa, contra os Países Baixos, dando início à Batalha da França. Os alemães visavam a contornar as poderosas fortificações francesas da Linha Maginot, construídas anos antes na fronteira da França com a Alemanha. Com os britânicos e franceses julgando que se repetiria a guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial, e graças à combinação de ofensivas de pára-quedistas com rápidas manobras de blindados em combinação com rápidos deslocamentos de infantaria motorizada (a chamada "guerra-relâmpago" - Blitzkrieg, em alemão), os alemães derrotaram sem grande dificuldade as forças franco-britânicas, destacadas para a defesa da França. Nesta fase, ocorre a famosa retirada das forças aliadas para a Inglaterra por Dunquerque. O Marechal Pétaingoverno de Vichy, assinou um armistício com Adolf Hitler e começou a colaborar com os alemães.

assumiu então a chefia do governo em França, que ficou conhecido como o

A guerra na África e Afrika Korps

A Setembro de 1940, após a tomada da França pelas forças alemãs, as tropas italianas destacadas na Líbia sob o comando do Marechal Graziani, uma vez livres da ameaça das forças francesas estacionadas na Tunísia iniciaram uma série de ofensivas contra o Egito, então colônia da Grã-Bretanha, com vista a dominar o canal de Suez e depois atingir as reservas petrolíferas do Iraque, também sob domínio britânico.

Os efetivos ingleses destacados no norte da África e que compunham o então designado XIII Corpo de Exército, comandado pelo General Wavell, após alguns reveses iniciais realizaram uma espetacular contra-ofensiva contra as forças italianas que, apesar de sua superioridade numérica foram empurradas por 1200 km de volta à Líbia, perdendo todos os territórios anteriormente conquistados. Esta derrota custou aos italianos a destruição de 10 divisões, a perda de 130.000 homens feitos prisioneiros, além de 390 tanques e 845 canhões.

Como a situação que surgia na África era crítica para as forças do Eixo, Adolf Hitler e o Oberkommando der Wehrmacht (OKW) decidiram enviar tropas alemãs a fim de não permitir a completa desagregação das forças italianas. Cria-se dessa forma em Janeiro de 1941 o Afrika KorpsErwin Rommel, que posteriormente se tornaria uma figura legendária sob a alcunha de "A Raposa do Deserto". Foram enviadas a África duas divisões alemãs em auxílio aos Italianos, a 5a. Divisão Ligeira e a 15ª Divisão Panzer. Os Alemães, sob o hábil comando de Rommel, conseguiram reverter a iminente derrota italiana e empreenderam uma ofensiva esmagadora contra as forças britânicas enfraquecidas (muitos efetivos britânicos haviam sido desviados para a campanha da Grécia, então sob pressão do Eixo) empurrando-as de volta à fronteira egípcia. Após uma sucessão de batalhas memoráveis como El Agheila, El Mechili, Sollum, Gazala, Tobruk e Marsa Matruh os alemães e italianos são detidos por falta de combustível e provisões na linha fortificada de El Alamein, uma vez que o Mediterrâneo encontrava-se sob domínio da marinha britânica. Finalmente, a Outubro de 1942, após 4 meses de preparação os Britânicos contra-atacaram na Segunda Batalha de El Alamein, sob o comando do General Montgomery (Corpo Expedicionário Alemão na África), cujo comando foi passado ao então Leutenantgeneral (Tenente-General)

Malta decide o destino da África do Norte

O calcanhar de Aquiles de Rommel na África do Norte era o reabastecimento. Os homens da Marinha mercante partiam para a África para proverem as tropas de alimentos, roupas, água, armas, munições e combustível. Atrás de cada batalha travada sempre deveria existir um sistema de logística eficiente. O transporte das tropas e suprimentos italianos e alemães era feito por mar. Os navios mercantes deveriam, então, empreender uma jornada de quinhentos quilômetros da Sicília, no sul da Itália, até a Tripolitânia, no norte da África. Mas, para que a guerra do deserto fosse vencida pelo Eixo, o domínio marítimo do Mediterrâneo era um fator prepoderante. Para isso, o Eixo enfrenta um grande problema: a Marinha Real.

Em 22 de julho de 1941,o cargueiro alemão Preussen parte da Itália rumo à África do Norte. No caminho, é afundado por um ataque de Bristol-Blehein (Bombardeio da RAF). Com ele afundam 200 dos 650 soldados e tripulação a bordo. Além de perdas humanas, foram também perdidas mil toneladas de alimentos, seis mil toneladas de munições, mil toneladas de gasolina e 320 tanques e caminhões de transporte, que seriam usados pelas tropas do Eixo. Muitos outros navios como o Arta, o Aegina, o Iserlohn, o Samos, o Larissa, o Birmânia, o Arcturus, o Citá di Bari, dentre outros, tiveram o mesmo destino do Preussen, pois o Mediterâneo tornou-se um cemitério de homens e máquinas que tentavam chegar à África.

A invasão da URSS


Em 22 de Junho de 1941, os exércitos do eixo lançaram-se à conquista do território soviético, com a chamada Operação Barbarossa. Os exércitos do eixo contavam com 180 divisões, entre tropas alemãs, italianas, húngaras, romenas e finlandesas, num total de mais de três milhões e meio de soldados. A estes se opunham 320 divisões soviéticas, num total de mais de seis milhões de homens; porém apenas 160 destas divisões estavam situadas na região de fronteira com a Alemanha Nazi. Grande parte das tropas soviéticas estavam estacionadas na região leste do país, na fronteira com a China ocupada, antecipando a possibilidade de mais um ataque japonês contra a União Soviética, conforme acontecera em março de 1939.

A ofensiva era amplamente esperada, pois a invasão da União Soviética fazia parte do discurso nazista desde o surgimento do partido, tendo sido fortemente pregada por Adolf Hitler em seu livro "Mein Kampf" e estado presente em diversos de seus pronunciamentos políticos anteriores até mesmo ao início da guerra. Relatórios de serviços secretos davam conta da iminência da invasão, partindo não somente da espionagem soviética mas também de informações obtidas pelos ingleses e norte-americanos. A mobilização de grande número de tropas alemãs para a região de fronteira também foi percebida. Os soviéticos já vinham tomando medidas contra a invasão desde a década de 30, aumentando exponencialmente o contingente de seu exército.

Apesar de tudo isto, a invasão começa a 22 de junho de 1941 veio como uma surpresa, pois não se esperava que a Alemanha atacasse a URSS antes que a Inglaterra se retirasse da guerra, conforme se previa. O resultado disto foi uma enorme vantagem tática para as tropas alemãs nos primeiros dias da guerra, o que permitiu o envolvimento de grande número de divisões do exército vermelho e a destruição de grande parte dos aviões soviéticos ainda nas suas bases, antes mesmo que conseguissem levantar vôo.

As tropas do eixo foram divididas em três grupos de exércitos: norte, central e sul. O grupo norte atravessou os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e marchou contra Leningrado , que foi atacada ao mesmo tempo pelos finlandeses, mais ao norte. A cidade foi completamente cercada a 8 de setembro de 1941; a partir de então só foi possível abastecê-la pela rota que atravessava o lago Ladoga, constantemente vigiada pelos aviões alemães. O resultado foi uma grave crise de fome, que segundo as estimativas teria vitimado por volta de um milhão de civis. A partir de 20 de novembro de 1941, foi possível estabelecer uma rota segura para LeningradoTikhvin, o que permitiu a evacuação de civis, melhorando a situação da cidade. O cerco de Leningrado só foi completamente levantado em Janeiro de 1944. através do lago congelado, devido à recaptura do eixo ferroviário na cidade de

O exército central foi o que progrediu mais rapidamente, tendo conquistado completamente a cidade de Minsk a 29 de junho de 1941, operação que resultou na captura de 420 mil soldados do exército vermelho. A ofensiva prosseguiu com o grupo central marchando através da Bielorússia até atingir a cidade de Smolensk, penetrando finalmente no território da Rússia propriamente dita. Aqui o avanço das tropas alemãs foi interrompido pela primeira vez, dada a forte resistência oposta pelas tropas soviéticas, porém a cidade foi conquistada a 16 de julho.

O exército sul prosseguiu mais vagarosamente do que os outros dois, sendo forçado a combater no terreno dos pântanos Pripet, o que reduzia a velocidade dos avanços. Apesar disso, conseguiu empurrar o grupo sul do exército vermelho até a cidade de Kiev, onde seu avanço foi interrompido. Aproveitando-se do fato de que o exército central havia avançado muito mais adiante, os alemães deslocaram boa parte desse segundo grupo de exércitos para o sul, conseguindo assim envolver um enorme grupo de divisões no que ficou conhecido como o bolsão de Kiev. O resultado foi a captura de 700 mil soldados soviéticos, o que resultou praticamente na destruição do grupo sul do exército vermelho. A luta pela captura da capital da Ucrânia prosseguiu até 26 de setembro.

As tropas do exército central uniram-se a várias unidades do grupo norte e iniciaram a operação que tinha por objetivo envolver a cidade de Moscou, a 30 de setembro de 1941. Inicialmente as tropas do eixo prosseguiram com velocidade, capturando Bryansk, Orel e Vyazma, numa batalha em que foram cercados e capturados 650.000 homens, no que seria o último grande envolvimento em 1941. As tropas alemãs continuaram avançando até capturarem a cidade de Tula, a 165 quilômetros da capital russa, que passou a sofrer bombardeamentos aéreos. Entretanto, o avanço do exército alemão foi barrado, e as pinças norte e sul do ataque não puderam se encontrar, fechando o cerco. Apesar das gigantescas perdas que o exército vermelho havia sofrido, os soviéticos conseguiram formar novas divisões de conscritos, trazendo também para a frente oeste tropas anteriormente localizadas na região leste do país, repondo suas perdas e conseguindo dar combate aos alemães.

No dia 6 de dezembro, em pleno inverno, começou a contra-ofensiva dos russos, chefiada pelo general Georgy Zhukov. Utilizando equipamentos novos como os tanques T-34 e os morteiros foguetes Katyusha, o exército vermelho conseguiu retomar uma quantidade significativa de território, afastando definitivamente a ameaça que pairava sobre sua capital.

Em 1942, o exército alemão já não se encontrava em condições de tentar uma nova ofensiva contra Moscou, que também seria demasiadamente previsível. A Wehrmacht voltou-se então contra a região do Cáucaso, de grande importância econômica e militar devido a seus recursos petrolíferos (reservas de petróleo soviéticas no Mar Cáspio), industriais e agrícolas. Além disso, a conquista da região permitiria bloquear o rio Volga. A operação de captura do Cáucaso foi chamada de operação Azul e teve início em 28 de junho de 1942. No final do mês de julho os alemães já haviam avançado até a linha do rio Don e começaram os preparativos para o envolvimento da cidade de Stalingrado, defendida pelas tropas do General Chuikov. A cidade sofreu pesados bombardeamentos aéreos.

No fim de Agosto, a cidade foi cercada ao norte e no 1.º de setembro as comunicações ao sul também foram interrompidas. A partir de então, as tropas que combatiam na cidade só puderam ser abastecidas através do rio Volga, constantemente bombardeado pelos alemães. A batalha pela cidade durou três meses, conhecendo avanços e recuos de ambas as partes, com lutas sangrentas pela conquista de simples casas, prédios ou fábricas. O tipo de terreno resultante das ruínas da cidade arrasada favorecia o combate de infantaria, impedindo a utilização eficiente de tanques. Milhares de civis aprisionados no interior da cidade foram vitimados, principalmente em conseqüência dos bombardeamentos. Em novembro, os alemães haviam alcançado a margem do rio Volga, impedindo o abastecimento das tropas soviéticas.

Em novembro de 1942, os soviéticos iniciaram seu contra-ataque, batizado de Operação Urano, que tinha o objetivo de envolver as divisões alemãs em Stalingrado. Em 19 de novembro, as tropas do general Vatutin, que formavam a pinça norte do ataque, irromperam contra o flanco dos exércitos do Eixo, enquanto ao sul as tropas de Konstantin Rokossovsky faziam o mesmo. Os alemães foram cercados pelo Exército Vermelho e as tentativas de abastecê-los através de uma ponta aérea não tiveram sucesso. Uma tentativa de romper o cerco foi feita pelas tropas do General Erich von Manstein, numa operação chamada de Tempestade de Inverno, porém as tropas cercadas no interior da cidade já estavam sem abastecimento há um bom tempo e não tiveram condições de colaborar com as demais tropas alemãs. Os soviéticos continuavam seu contra-ataque (agora a Operação Saturno), ameaçando envolver os exércitos de Manstein, que foi forçado a abandonar sua tentativa de salvamento e retirar-se. A 2 de fevereiro de 1943, os alemães remanescentes na cidade rendem-se. Mais de 800 mil soldados do eixo, entre alemães, húngaros, romenos e italianos, além de dois milhões de soviéticos, morreram nas operações que envolveram Stalingrado e todo o restante do 6º Exército alemão, comandado pelo Generalfieldmarschall (Marechal-de-Campo)Friedrich Von Paulus, que obedeceu até o fim as ordens de Hitler de não romper o cerco, sendo feito prisioneiro junto com o seu exército. A batalha de Stalingrado dura cinco meses. Dos trezentos mil soldados alemães encurralados no cerco, noventa mil morrem de frio e fome e mais de cem mil são mortos nas três semanas anteriores à rendição. Devido às rigorosas dificuldades do inverno nesse ano, que dificultava a subsistência até da população local, um grande número dos soldados alemães, sem proteção contra o frio nos campos de prisioneiros, não sobreviveu, sendo que poucos retornaram a sua terra natal após a guerra. Após a tomada de Stalingrado, as tropas soviéticas continuaram avançando e em fevereiro de 1943 retomaram Kursk, Kharkov e Rostov, retomando completamente a região do Cáucaso. A 20 de fevereiro, os alemães retomaram Kharkov, formando uma saliência no front soviético em Kursk, o que teria importantes conseqüências nos meses seguintes.

Os generais alemães e o próprio Hitler, após a queda de Stalingrado, tinham noção que esse quadro de desestabilização geral estava ocorrendo, e começaram a planejar medidas para reduzir seus efeitos. Muitos oficiais preferiam esperar uma ofensiva soviética e contra-atacar – a “ação de retaguarda” proposta por Manstein – buscando paralisar os russos com contra-ataques locais; outros militares defendiam que uma ofensiva deveria ser desfechada o quanto antes para incapacitar os soviéticos e depois esperar pelos ataques dos aliados ocidentais. Essa tática acabou sendo a escolhida por Hitler, resultando na “Operação Cidadela”, cognome do ataque contra a cidade de Kursk, onde estavam concentradas grandes forças russas que deveriam ser cercadas e destruídas. Foi uma operação perdida desde o início para os alemães, pois os soviéticos tinham superioridade em artilharia, tanques, homens e aviões, o que talvez não fizesse tanta diferença se também não tivessem as informações sobre os planos de ataque alemães – obtidas através da rede de espiões comunistas “Orquestra Vermelha” na Alemanha – e contassem com defesas em profundidade largamente preparadas na região. A culminância dessa malfadada operação foi a Batalha de Kursk, em julho de 1943, onde os alemães sofreram uma grande derrota e foram recuando até saírem da URSS e as forças soviéticas avançando em direção à Alemanha.

Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria (quando não era mais conveniente ressaltar qualidades positivas do antigo aliado soviético...), o chamado fronte oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história, e mostrou excepcionais tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizado do Exército Vermelho frente à Wehrmacht. Apesar de imensas perdas humanas e matérias, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht (então o maior, melhor treinado, mais bem equipado, e mais eficiente exército do mundo, cujos vários feitos em eficiência e versatilidade em campo permanecem inigualados até hoje) a ser capaz de se reorganizar, e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando em seu território (como na recuperação da França, por exemplo, precisou da ajuda maciça de tropas americanas e britânicas), e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha - terminando, na prática, a guerra: poucos dias depois do suicídio de Hitler na Berlim já completamente ocupada pelo Exército Vermelho, as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.

A reconquista da Europa

A partir de meados 1943, os exércitos aliados foram recuperando território passo a passo. Enquanto na frente principal, os soviéticos obtinham a rendição dos alemães em Stalingrado em fevereiro e, em agosto tomavam a iniciativa dos combates após terem derrotado no mês anterior a última grande ofensiva alemã realizada à Leste, em Kursk; anglo-americanos e franceses livres, após a vitória no norte da África em maio, tomaram à partir de julho, Sicília, Córsega, Sardenha e o sul Itália, causando tanto a queda do gabinete de Benito Mussolini, e a prisão deste, que foi resgatado por comandos alemães; quanto a rendição e a adesão formal da Itália à causa aliada em setembro.

A 6 Junho de 1944, no chamado Dia D (D-Day), os Aliados efectuaram um desembarque nas praias da Normandia (Operação Overlord), em que participaram o Exército Britânico (lutando nas praias de Gold e Sword), o Exército Americano (lutando em Omaha e Utah) e o Exército Canadense (lutando em Juno). Os americanos sofreram por volta de duas mil baixas, pois os tanques Sherman, (disfarçados de Chatas pelo Exército Americano para os esconder, e torná-los um fator surpresa) afundaram. Já o Exército britânico não teve muitas baixas em Gold e Sword, pois seus tanques blindados e especializados (em cortar trincheiras e explodir minas) conseguiram ultrapassar. Era o início da Batalha da Normandia. Apesar da inferiodade aérea, e submetida a constantes bombardeios aéro-navais, os alemães resistiram durante mais de mês antes que os aliados tomassem o primeiro porto, Cherbourg em meados de julho, o que somado à outro desembarque aliado no sul da França no final de agosto, forçou o recuo das forças alemãs para a Bélgica.

Após a libertação de Paris, seguiu-se em Setembro de 1944 a libertação de parte da Bélgica, incluindo sua capital e a operação Market Garden que tinha como um dos objectivos libertar os Países Baixos. Esta operação foi superior à Overlord no que respeita ao número de pára-quedistas envolvidos, mas resultou num enorme fracasso, contando-se cerca de 20 mil mortos, só entre os americanos, e 6500 britânicos foram feitos prisioneiros. O objectivo dos Aliados era conquistar uma série de pontes nos Países Baixos, o que lhes permitiria atravessar o rio Reno.

A derrota do Eixo

Potências do Eixo e Aliados



Apesar da evidente superioridade militar aliada, as tropas alemãs resistiram durante meses, até que, em Dezembro de 1944, Hitler ordenou uma contra-ofensiva na Bélgica, nas Ardenas. Os exércitos aliados, desgastados devido a problemas logísticos, sustiveram com grande dificuldade o avanço das tropas alemãs. Várias unidades aliadas foram cercadas pelo avanço alemão, privando estes soldados de receberem mantimentos e outros equipamentos, pelo que tiveram de sobreviver a um inverno rigoroso sem roupa adequada e com poucas munições. Eram frequentes as incursões de soldados alemães, disfarçados de soldados americanos, em áreas controladas pelos aliados para causar sérios transtornos, como mudança de caminhos de divisões inteiras, mudanças de placas, implantações de minas, emboscadas. Estes soldados alemães, os primeiros comandos, estavam sob o comando do Oberst (Coronel) Otto Skorzeny, que já libertara Mussolini, entretanto aprisionado em Itália. Finalmente, a ofensiva alemã acabou por fracassar, e o custo em termos militares acabou por fragilizar a posterior defesa do território alemão. Na Itália, foi tomada a abertura ao Reno, com participação de forças francesas, americanas e a Força Expedicionária Brasileira, fato que facilitou o avanço aliado pelo sul.

Antes mesmo de findar a guerra, as grandes potências firmaram acordos sobre seu encerramento, além de definirem partilhas, inaugurando novos confrontos com potencial de desencadear uma hecatombe nuclear. O primeiro dos acordos foi a Conferência de Teerã, no Irã, em 1943.

Em Janeiro de 1945, Winston Churchill, Franklin D. Roosevelt e Josef Stalin reúnem-se novamente em Ialta, Ucrânia, já sabendo da inevitabilidade da derrota alemã, para decidir sobre o futuro da Europa pós-guerra. Nesta conferência, fica decidido que todos os países libertados deveriam realizar eleições livres e democráticas - o que não se veio a verificar, nos países controlados pelo Exército Vermelho - e que a Alemanha teria de compensar os países que invadiu. Discutiu-se também a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em bases diferentes das da Liga das Nações. Definiu-se, ademais, a partilha mundial, deixando à União Soviética o predomínio sobre a Europa Oriental, incorporando os territórios alemães a leste e definindo a participação da URSS na rendição do Japão, com a divisão da Coréia em áreas de influência soviética e norte-americana. Assim, lançavam-se as bases para a Guerra Fria.

Entretanto, o avanço das tropas aliadas e soviéticas chegou ao território alemão. Previamente, havia já sido estabelecido o avanço dos dois exércitos, ficando a tomada de Berlim a cargo do Exército Vermelho. Esta decisão, tomada pelas esferas militares, foi encarada com apreensão pela população, pois era conhecido o rasto de pilhagens, execuções e violações (estupro), que os soldados soviéticos deixavam atrás de si, em grande parte como retaliação pela mortes causadas pelos soldados alemães na União Soviética (o país com o maior número de baixas civis e militares de toda a guerra, cerca de 20 milhões). A 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicidou-se, quando as tropas soviéticas estavam a exatamente dois quarteirões de seu bunker.

A 7 de Maio, o seu sucessor, o almirante Dönitz, assinou a capitulação alemã. A 14 de Agosto de 1945, o general Tojo do Japão rendeu-se incondicionalmente.

A guerra no Pacífico

Por volta de 1940, o Japão, tinha já ocupado vários territórios no Pacífico, e tentava agora aumentar a sua influência no Sudoeste Asiático e no Pacífico.


Um kamikaze (parte superior esquerda da foto) prestes a impactar contra o USS Missouri em 11 de abril de 1945. Agindo a partir de outubro de 1944, estes pilotos-suicidas foram uma tentativa desesperada e inútil dos japoneses para impedir o avanço Aliado. Afundaram entre 50 e 90 navios aliados (dependendo da fonte), causando a morte de cerca de 5000 homens - mas a um custo de quase 4000 pilotos e suas aeronaves.[3][4]

Em Junho de 1941, o Japão, invade a Indochina. O governo dos Estados Unidos da América, indignado, impõe sanções económicas ao Japão. Como represália, a 7 de Dezembro de 1941, a aviação japonesa atacou Pearl Harbor, a maior base norte-americana do Pacífico. Em apenas duas horas, os pilotos japoneses conseguiram inutilizar todos os navios ancorados no porto, cinco navios de guerra e outros 15 foram afundados ou destruidos.

No dia seguinte os EUA declaram guerra ao Japão, dando início à guerra do Pacífico.

Apenas duas horas após o ataque que deu início oficial à guerra do Pacífico, o ataque a Pearl Harbor, os japoneses iniciaram a invasão de vários territórios da Ásia e do Pacífico. Em Maio de 1942, o Japão, tinha já conquistado esses vastos territórios; controlando Hong Kong, a Malásia, Singapura — a qual a Grã-Bretanha15 de Fevereiro de 1942, a Indonésia, as Filipinas, a Birmânia e outras ilhas no Pacífico. abandonou a

O sucesso dos japoneses, devia-se à adaptação do conceito de Blitzkrieg às condições da geografia da Ásia e Pacífico; a utilização de um relativamente pequeno número de tropas em relação ao inimigo, altamente treinadas, motivadas e protegidas por um poder naval que logo derrotou os aliados no mar e por uma força aérea que tinha como trunfo principal, tanto defensivamente (servindo de escolta dos bombardeiros japoneses) como ofensivamente, o avião caça mais moderno na época, o Mitsubishi Zero que, em combates individuais, demonstrou não ser superado nem mesmo pelo lendário Spitfire britânico. Em terra, os conflitos decisivos foram efetuados por divisões de infantaria utilizando-se pontualmente de tanques e blindados leves e carregando peças de artilharia compacta facilmente desmontáveis e tranportaveis. No entanto, esse mesmo material que dava agilidade e leveza na movimentação, portanto uma vantagem ofensiva, se tornaria obsoleto se transformando em desvantagem quando no decorrer dos anos seguintes, o exército imperial viu-se obrigado a defender as posições conquistadas sem a vantagem da cobertura aéro-naval que dispunha durante a ofensiva e sem poder contar com a reposição por mar deste armamento mais leve por um mais pesado e, dentro daquelas condições, apropriado à defesa.

Já em meados 1942 a guerra na Ásia e Pacífico começava a progredir mais devagar para os japoneses, que não mantinham o ritmo inicial da campanha. Ao mesmo tempo que a aviação de caça das forças aliadas, ainda em inferioridade técnica começava a se utilizar de técnicas de combate aéreo que compensavam tal desnível. Com o impasse causado pela Batalha do Mar de Coral em maio daquele ano, resultanto em vitória estratégica para os aliados, devido aos japoneses, por não terem uma idéia precisa do real poder aéro-naval dos aliados na região, terem sido induzidos a desistirem de desembarcar em Port Moresby na Papua-Nova Guiné; a derrota em Midway no mês seguinte resultando, por parte dos japoneses, na perda de 4 porta-aviões e de grande número de tripulantes e pilotos altamente experientes; somado ao desembarque e estabelecimento em terra dos americanos em Guadalcanal em agosto; fizeram com que os japoneses passassem à defensiva no Pacífico já no último trimestre daquele ano.
Com a vitória americana em Guadalcanal em fevereiro de 1943, após meses de intensos combates aéreos, marítimos e terrestres que resultaram em grandes perdas humanas e materiais para ambos os lados, o rumo do conflito naquele teatro de operações virou definitivamente em favor dos aliados.

O sucesso da guerra submarina irrestrita levada à cabo pela marinha americana que privava o Japão das matérias primas essenciais, necessárias não só para levar a cabo seu projeto expansionista, como para manter a própria indústria e economia internas em pleno funcionamento, bem como o abastecimento da população por um lado e; a capacidade do complexo militar-industrial americano de repor não apenas suas perdas humanas e materiais mas também as perdas materiais de seus aliados num ritmo muito acima das do Japão; resultou que, à partir de meados de 1943, americanos e seus aliados no Pacífico se mantivessem na ofensiva ininterruptamente, avançando de complexo em complexo de ilhas rumo ao Japão. Ao mesmo tempo que a chegada em grande número no front de novos modelos de aviões-caça, que se equiparavam ou superavam em performance o Mitsubishi Zero, fazia com que mesmo a relativa vantagem que o Japão dispunha no ar também fosse anulada.

Nos territórios ocupados durante a ofensiva do 1º semestre de 1942, com exceção das Filipinas, num primeiro momento as forças japonesas foram recebidas como libertadoras pelas populações nativas recentida da colonização européia. Porém, em poucos meses devido às duras condições impostas pelos novos governos militares japoneses que recrudesceram a opressão e a repressão sobre as populações locais, à exemplo do que já faziam na China e Coréia; o sentimento dessas populações ocupadas passou da simpatia à hostilidade, fomentando movimentos de resistência que cedo encontraram apoio material dos anglo-americanos.

Final e Consequências

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.

Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Em Março de 1944, as forças japonesas que ocupavam a Birmânia, deram início a um ataque contra a Índia, mas acabaram por ser derrotadas em Impanhal. No Norte da China, as forças japonesas, começaram a enfrentar as forças comunistas de Mao Zedong. A Guerra Sino-Japonesa, que mobilizava mais de um milhão de homens, gastava mais recursos que a Campanha do Sul. Em agosto de 1944, depois de lançada a última ofensiva em Ichi Go, o Império japonês, tomou grande parte do Sul da China Central, estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina e inviabilizando o território chinês como base para que os aviões caça aliados pudessem escoltar os bombardeiros em direção ao Japão.

No entanto, as forças Aliadas do Pacífico já haviam chegado perto do arquipélago nipónico. Após tomar as ilhas Marianas em Junho-Julho de 1944, os americanos obtiveram sucesso em uma série de batalhas aéro-navais em Luzon nas Filipinas, desembarcando nas mesmas no final de Outubro. No início de 1945, a instalação de bases aéreas nas ilhas de Iwo Jima (em Fevereiro) e Okinawa (em Abril), mesmo antes da tomada completa das mesmas pelos Americanos, trouxeram o Japão para dentro do alcance dos caças de escolta de longo alcance (principalmente os P-51 Mustang), o que viabilizava à partir de então os ataques aéreos e navais, começando assim os bombardeamentos incendiários contra as principais cidades japonesas. As escoltas executadas pelos caças mantinham ocupada, além de debilitar ainda mais a já combalida aviação de guerra japonesa, então na defensiva, fazendo com que os ataques aéreos, principalmente os executados pelos aviões-bombardeiros norte-americanos B-29 pudessem, à partir do final de fevereiro de 1945, ser efetuados com perdas aceitáveis para as forças atacantes. Ao final de junho, quando se conclui a tomada de Okinawa, tais bombardeamentos que em certo momentos eram realizados sem oposição, já haviam causado a destruição completa de 69 cidades japonesas e a morte de mais de 393.000 civis. Durante este mesmo período, os comunistas recomeçavam a avançar na China; a maior parte das ilhas Filipinas era retomada pelos americanos; enquanto os Britânicos recuperavam por completo a Birmânia, ao mesmo tempo que avançava uma rebelião contra as forças japonesas no Vietnam.

Explosão nuclear em Hiroshima.

Em meados de Julho o Imperador Hirohito, verificando as elevadas perdas e a deterioração da situação nos últimos meses, autorizou que o embaixador japonês na União Soviética contactasse Estaline para apresentar uma rendição do Japão. Estaline recebeu a mensagem algumas horas antes da conferência dos Aliados na Alemanha, apresentando assim a proposta de rendição japonesa a Harry Truman. Os Aliados ocidentais pediam ao Japão uma rendição incondicional, contudo o Japão decidiu não responder devido aos termos de rendição dos Aliados não especificarem o futuro do Imperador — visto como um deus para o povo japonês — tal como o sistema imperial. Harry Truman, após a sua chegada à conferência, recebeu uma mensagem que indicava que o teste da bomba atómica "Trinity" tinha sido bem sucedido; decidido a ganhar a guerra utilizando o projecto Manhattan e demonstrar o poder de força da nova arma ao aliado russo, deu indicações a Estaline que ignorava a mensagem japonesa.

A 6 de Agosto, a bomba atómica "Little Boy", foi lançada sobre Hiroshima do B-29 "Enola Gay", pelo "esquadrão Atómico", contudo esta bomba não teve o efeito esperado, não tendo pronta reacção do Imperador Hirohito ou do Gabinete de Guerra japonês. A maior do povo japonês desconhecia ainda o ataque a Hiroshima, pois as estações de rádio e jornais não relataram nada sobre os efeitos do ataque, apenas sobre um novo tipo de bomba desenvolvido.


Oficiais e marinheiros aliados assistem o General das Forças Armadas Douglas MacArthur assinando os documentos durante cerimônia de rendição a bordo do couraçado USS Missouri em 2 de Setembro de 1945. A rendição incondicional do Japão aos Aliados terminou oficialmente com a Segunda Guerra Mundial.

A 8 de Agosto de 1945 a União Soviética declarou guerra ao Japão, como tinha concordado na conferência, e lançou uma invasão (Operação Tempestade de Agosto, August Storm) em grande escala à Manchúria, que se encontrava ocupada pelo Japão.

Com o avanço Soviético e a decisão nipônica de ignorar o ultimato para rendição, Truman decide pelo lançamento de uma segunda bomba atómica, a "Fat Man" que foi lançada pelo B-29 "Bock's Car" sobre Nagasaki a 9 de Agosto.

Mesmo antes, com a maior parte das forças militares japonesas derrotadas e isoladas, assim como o próprio Japão, cercado com dezenas de suas principais cidades em escombros e a indústria arrasada; somente após essas 2 cidades terem sido atingidas pelos engenhos nucleares, causando cerca de 300 mil mortos instantaneamente, e um número indeterminado de vítimas posteriormente, devido à contaminação pela radiação; é que decidiu o Imperador japonês aceitar a rendição incondicional. As chefias norte-americanas justificaram esta acção afirmando que uma invasão do Japão teria custos muito mais elevados em termos de vidas de militares de ambos os lados e civis japoneses.

A 15 de Agosto o imperador do Japão Hirohito faz um anúncio público pelo rádio acatando a rendição incondicional, tendo esse dia ficado conhecido, em relação à guerra no Oriente, como o ``Dia da Vitória´´, V Day em inglês.

À 2 de setembro, mesmo dia em que no Vietnam Ho chi min proclavama a independência daquele país, o Japão assinava formalmente diante dos representantes das Nações Aliadas no Oriente a rendição a bordo do USS Missouri, na baía de Tóquio pondo fim a Segunda Guerra Mundial.

Brasil na Guerra

FEB na segunda guerra mundial


Embora estivesse sendo comandado por um regime ditatorial simpático ao modelo fascista (o Estado novo getulista), o Brasil acabou participando da Guerra junto aos Aliados. Isto porque, muito antes que a pressão popular se fizesse sentir em 1942, devido à partir de Fevereiro de 1942, submarinos alemães e italianos terem iniciado o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália, segundo relatado nos diários de Goebbels, à adesão por parte do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático ao lado de qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potênica extra-continental); de fundamental importância para que o governo brasileiro paulatinamente se alinhasse com os EUA e consequentemente a causa aliada à partir de Pearl Harbor, igual e respectivamente foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente à partir da implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade à partir do final de 1940 de manter relações comerciais estáveis e efetivas com estes países devido a pressão naval britânica e posteriormente americana exercida contra os mesmos e a chamada política de boa vizinhança levada a cabo pelo então presidente Roosevelt, que entre outros incentivos econômicos e comerciais financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a CSN (Compania Siderúrgica Nacional)

Também, durante o ano de 1942, em meio à incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aéro-navais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira, sendo a base militar no município de Parnamirim, vizinho a capital Natal, no estado do Rio Grande do Norte, a principal dentre estas. Bases às quais os militares brasileiros tinham acesso restrito e controlado. Tendo sido a de Parnamirim de especial importância para o esforço de guerra aliado antes do desembarque de tropas Anglo-Americanas no Norte da Africa em novembro de 1942 na Operação Tocha.
Complexo de bases esse que foi popularmente apelidado na época de "Trampolim da Vitória", devido à importante contribuição tática proporcionada para a frente norte africana. À partir da estabilização da frente italiana em fins de 1943 e do enfraquecimento da campanha submarina alemã, as bases americanas em solo brasileiro foram sendo progressivamente desativadas ao longo de 1944-45, embora na da ilha de Fernando de Noronha os americanos tenham permanecido até 1960.[8].

Somente devido à pressão popular é que se deveu a declaração de guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista em agosto de 1942, após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros. Assim como, a existência da Força Expedicionária Brasileira que teve sua formação inicialmente protelada por um ano após a declaração de guerra e seu envio ao front iniciado somente em julho de 1944, quase 2 anos após a declaração e mesmo assim tendo enviado cerca de 25.000 homens de um total inicial previsto de 100.000.
Mesmo com problemas na preparação e no envio; já na Itália, treinada e equipada pelos americanos, a FEB cumpriu as principais missões que lhe foram atribuídas pelo comando aliado. No entanto, mal terminada a guerra, temendo uma possível capitalização política da vitória aliada por membros da FEB, dada a contribuição desta à mesma, mesmo que modesta; decidiu o governo brasileiro desmobilizá-la oficialmente ainda em solo Italiano[9]. À seus membros, no retorno ao país foram impostas restrições, os veteranos não militares (que deram baixa ao retornar) foram proibidos de utilizar em público condecorações ou peças do vestuário expedicionário, enquanto os (veteranos militares) profissionais foram transferidos para regiões de fronteira ou distantes dos grandes centros

Monumento aos Pracinhas, Rio de Janeiro, Brasil.

No entanto, a participação do Brasil na guerra e a forma como a mesma se desenrolou, contribuiu decisivamente para o fim do regime do Estado Novo, como já sinalizava o Manifesto dos Mineiros em 1943.

Assim, embora mais vigorosa que a participação na Primeira Guerra Mundial, considerando o jogo político e diplomático travado entre americanos e alemães pelo apoio brasileiro e os números da real contribuição tática e estratégica que o país proporcionou comparados ao de outros países aliados (a FEB por exemplo era apenas uma entre 20 divisões aliadas na Itália, tendo atuado num setor, embora relativamente importante, secundário no Front Italiano, num momento em que este mesmo front italiano tinha se tornado de menor importância para ambos os lados); a modesta participação brasileira na Segunda Guerra pode no geral ser equiparada à do Japão na Primeira Guerra Mundial. Se de um lado, em termos numérico e tático os brasileiros tiveram no segundo conflito mundial uma participação maior na causa aliada que os japoneses 3 décadas antes, por outro lado os nipônicos, entre as décadas de 1920 e '30, souberam capitalizar melhor política e estratégicamente a nível internacional sua participação no conflito de 1914-18.

Portugal e a Guerra

Durante a Segunda Grande Guerra, Portugal era governado sobre uma ditadura de direita, designada por Estado Novo e chefiado por Salazar. Oficialmente Portugal declarou em 1939 a neutralidade, apesar da Aliança Luso-Britânica de 1373, sendo mantido o estado de neutralidade até ao final das hostilidades.

O Estado Português, em Março de 1939, assina um Tratado de Amizade e Não Agressão com a Espanha nacionalista, representada pela Junta de Burgos e pelo Nuevo Estado dirigido por Franco, recusando o convite do embaixador italiano, em Abril do mesmo ano, para aderir ao Pacto Anti-Komintern, aliança da Alemanha, Itália e Japão contra a ameaça comunista.

Em Agosto de 1939, a Grã-Bretanha assina um acordo de cooperação militar com Portugal, aceitando apoiar directamente o esforço de rearmamento e modernização das forças armadas portuguesas. Todavia, o acordo só começaria a ser cumprido a partir de Setembro de 1943.

O embaixador Aristides de Sousa Mendes em França (1939-1940) ajudou dezenas de milhares de refugiados, nomeadamente judeus a fugir via Lisboa, para os Estados Unidos, emitindo vistos à revelia do Governo de Salazar. Após a queda da França em Julho de 1940, foi detido em Lisboa, e proibido de exercer Advocacia, nunca foi perdoado por Salazar. Em 1966, Israel dá-lhe o título de "Justo entre as nações". Após a revolução de Abril foi-lhe atribuída a título póstumo a Ordem da Liberdade em 1987, e a Cruz de Mérito em 1998.

Logo após a invasão da França, Hitler emite com o nome Operação Félix, a directiva 18, cujo objectivo principal é a ocupação de Gibraltar, com ou sem o apoio da Espanha. Os planos da operação contempla a invasão de Portugal, caso esteja iminente um desembarcamento aliado na costa portuguesa.[11]

Para a invasão a Portugal estaria planeada ser usada uma divisão blindada alemã para tomar os portos de Setúbal e Lisboa, outra divisão (espanhola) pela costa norte, e uma outra divisão alemã de infantaria motorizada pelo sul do país. Portugal não possuía qualquer corpo blindado, ou peças antitanque para uma defesa com sucesso, especialmente contra a divisão blindada, e muito do equipamento estava obsoleto.

A operação Félix não foi concretizada porque Espanha e Alemanha não chegaram a acordo sobre as contrapartidas da participação espanhola. A Espanha teria de ser equipada pelo exército alemão porque apesar da superioridade numérica das divisões espanholas em relação a Portugal, faltava equipamento, mobilidade e logística às divisões espanholas. O exército alemão teria de defender uma maior faixa costeira de uma possível invasão aliada, e a prioridade foi dada para a Jugoslávia e Grécia, devido às preparações para a invasão da Rússia. O Plano ainda foi considerado se a Alemanha obtivesse uma vitória rápida na frente russa. Os acordos entre Portugal e Espanha, e a inteligência britânica poderão ter também influenciado a não concretização do plano. Apenas em 1943 a Grã-Bretanha honraria o acordo de 1939, e passaria a dispor equipamento militar a Portugal.

No dia 29 de Junho de 1940, Espanha e Portugal assinam um protocolo adicional ao Tratado de Amizade e Não Agressão.

Em 1941, o Japão invade Timor-Leste, e ocupa as ilhas de Lapa, São João e Montanha pertencentes à República da China e divide a administração com o Governo Português de Macau. Macau chegaria a ser bombardeado pelos aliados (Estados Unidos da América). As ilhas voltariam após o fim da guerra à soberania chinesa.

Com o virar da guerra e o conhecimento da proposta de Roosevelt em enviar tropas Brasileiras para ocupação das ilhas portuguesas no Atlântico, Churchill convence Portugal à assinar o Acordo Luso-Britânico, em Agosto1943, concedendo à Grã-Bretanha, a base das Lajes nos Açores, e em 1944 aos Estados Unidos até actualmente. de

Comercialmente, Portugal exportava produtos para os países em conflito, como açúcar, tabaco, e tungsténio. O tungsténio cujo preço subiu em flecha desde o início das exportações, sendo que para a Alemanha, a exportação foi interrompida em 1944 por imposição dos Aliados. Até ao final da guerra as exportações para a Alemanha foram pagas com ouro canalizado via Suíça.

Com o final da guerra, o governo de Salazar decretou luto oficial de três dias pela morte de Hitler aquando da sua morte, em 1945.

Consequências da Segunda Guerra Mundial


Desenvolvimento tecnológico

A tecnologia bélica evoluiu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial e foi crucial para determinar o rumo da guerra. Algumas das principais tecnologias foram usadas pela primeira vez, como as bombas nucleares, o radar, sistemas de comunicação por micro-ondas, o fuzil mais rápido, os mísseis balísticos, e os processadorescomputadores primitivos). Enormes avanços foram feitos em aeronaves, navios, submarinos e tanques. Muitos dos modelos usados no início da guerra se tornaram obsoletos quando a guerra acabou. Um novo tipo de navio foi adicionado aos avanços: navio de desembarque anfíbio (usado no Dia D). analógicos de dados (

Mortes

As estimativas para o total de vítimas da guerra variam, mas a maioria sugere que cerca de 72 milhões de pessoas morreram durante a guerra, incluindo cerca de 26 milhões de soldados e 46 milhões de civis. Muitos civis morreram devido à doenças, fome, massacres, bombardeios e genocídio. A União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, cerca de metade de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial.[15] Do total de mortes na II Guerra Mundial, aproximadamente 85% estavam no lado dos AliadosEixo. Uma estimativa é que 12 milhões de civis morreram nos campos de concentração nazistas,[16] 1,5 milhões por bombas, 7 milhões na Europa e 7,5 milhões na China[17] Os dados sobre o total de vítimas varia porque a maioria das mortes não foram documentadas. (principalmente soviético e chinês) e 15% do lado do devido a outros fatores.

Prisioneiros de guerra


Com a derrota e posterior separação da Alemanha, cerca de 3 mil civis alemães viraram prisioneiros de guerra tendo que trabalhar em campos de trabalhos forçados no Gulag, na Rússia. Apenas em 1950, os civis poderam ter a sua liberdade e voltar para a Alemanha.

Muitos dos prisioneiros de guerra alemães e italianos foram trabalhar na reconstrução da Grã-Bretanha e da França. Cerca de 100 mil prisioneiros foram enviados para a Grã-Bretanha e cerca de 700 mil para a França. Além disso, os milhares de soldados presos pelos soviéticos continuaram em cativeiro, diferentemente dos prisioneiros pelos aliados, que foram libertados entre 1945 e 1948.

No início dos anos 50, alguns prisioneiros alemães foram libertados pelos russos, mas somente em 1955, após a visita de Konrad Adenauer à URSS é que os restantes prisioneiros ainda vivos foram libertados e retornaram a sua terra natal após até 14 anos de cativeiro.

O Holocausto


Avalia-se em 50 ou 60 milhões o número de pessoas que morreram em consequência da guerra. As perdas foram superiores na Europa Oriental: estimam-se 17 milhões de mortes civis e 12 milhões de mortes militares para a União Soviética, 6 a 7 milhões para a Polónia (primariamente civis), enquanto que na França o número rondaria os 600 000.

O Holocausto comandado pelas autoridades nazistas, como parte da "solução final" para o "problema judeu", levaria ao genocídio de cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração, para além de outras pessoas consideradas indesejáveis, como membros da etnia cigana, eslavos, homossexuais, portadores de deficiência, Testemunhas de Jeová e dissidentes políticos. Milhares de judeus eram usados como cobaias em diversas experiências, o que acarretou a propagação de doenças como tifo e tuberculose. Após a guerra cresceram as pressões sobre a Grã-Bretanha para o estabelecimento de um estado judaico na Palestina; a fundação do estado de Israel em 1948 resolveria a questão dos judeus sobreviventes na Europa, já que parte considerável deles migrou para o novo estado.

Danos materiais

Os Aliados determinaram o pagamento de indenizações de guerra às nações derrotadas para a reconstrução e indenização dos países vencedores, assinado no Tratado de Paz de Paris. A Hungria, Finlândia e Romênia foi ordenado o pagamento de 300 milhões de dólares (valor baseado no valor do dólar em 1938) para a União Soviética. A Itália foi obrigada a pagar o correspondente a 360 milhões de dólares de indenizações cobrados pela Grécia, Iugoslávia e União Soviética.[carece de fontes?]

No fim da guerra, cerca de 70% da infra-estrutura européia estava destruída. Os países membros do EixoAliados em mais de 2 bilhões de dólares. tiveram que indenizar os países

Com a derrota do Eixo, a Alemanha teve expressivos recursos financeiros e materiais transferidos para os Estados Unidos e a União Soviética, além de ter as indústrias bélicas desmanteladas para evitar um novo rearmamento.

Territoriais



As transformações territoriais provocadas pela Segunda Guerra começaram a ser delineadas pouco antes do fim desta. A Conferência de Ialta (4-12 de Fevereiro de 1945) teria como resultado a partilha entre os Estados Unidos e a União Soviética de zonas de influência na Europa. Alguns meses depois a Conferência de Potsdam, realizada já com a derrota da Alemanha, consagra a divisão deste país em quatro zonas administradas pelas potências vencedoras. No lado Oriental, ficaria a administração sob incumbência da União Soviética e, no lado Ocidental, a administração ficaria sob incumbência dos Estados Unidos, França e Inglaterra, tendo estas duas últimas desistido da incumbência.

A Itália perderia todas as suas colónias; a Ístria acabaria por ser integrada na Jugoslávia, tendo também sofrido pequenas alterações fronteiriças a favor da França.

O território da nação polaca desloca-se para oeste, integrando províncias alemãs (Pomerânia, Brandemburgo, Silésia), colocando a sua fronteira ocidental até aos cursos do Oder e do Neisse. A URSS progrediu igualmente para oeste, graças principalmente à reversão das perdas territoriais sofridas pelo Pacto de Brest-Litovsk: houve a criação da República Socialista Soviética da Bielorússia (numa área de maioria étnica bielorussa, mas que havia sido concedida à Polônia), e também a ampliação da Ucrânia, que também havia perdido território, duas décadas antes, para a Polônia.

O Japão teve que abandonar, de acordo com o estabelecido no acordo de paz de 1951 com os Estados Unidos, a Manchúria e a Coreia, além dos territórios que havia conquistado durante o conflito. Nos anos 70, os Estados Unidos devolvem Okinawa ao Japão.

Políticas

Sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. A fundação da ONU foi uma das consequências da II grande guerra.

No plano das relações internacionais, o fracasso da Sociedade das Nações em evitar a guerra levaria à criação de uma nova instituição, a Organização das Nações Unidas. Fundada em Junho de 1945, apresentou como objetivos assegurar a paz e a cooperação internacional. Uma das razões apontadas para o fracasso da Liga das Nações foi a igualdade entre países pequenos e grandes, que bloqueava o processo de tomada de decisões. A ONU vai distinguir na sua organização interna cinco grandes países, tidos como detentores de maiores responsabilidades, e os restantes; estes cinco países possuem assento permanente no Conselho de Segurança, principal órgão da ONU, onde possuem direito de veto. Os outros membros do Conselho de Segurança são seis países eleitos rotativamente.

As principais potências imperialistas (França e Inglaterra) saíram da Guerra completamente arrasadas, tornado insustentável a manutenção de seus vastos territórios coloniais. Foi durante essa época que iniciou-se o movimento de descolonização afro-asiática.

A Segunda Guerra Mundial provocou igualmente o fim da hegemonia mundial da Europa e a ascensão de duas superpotências, os Estados Unidos da América e a União Soviética, que seriam os protagonistas da cena internacional durante o período conhecido como a Guerra Fria.