domingo, 31 de maio de 2009

Nazismo


Nazismo:

Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi palco de uma revolução democrática que se instaurou no país. A primeira grande dificuldade da jovem república foi ter que assinar, em 1919, o Tratado de Versalhes que, impunha pesadas obrigações à Alemanha.

À medida que os conflitos sociais foram se intensificando, surgiram no cenário político-alemão partidos ultranacionalistas, radicalmente contrários ao socialismo. Curiosamente, um desses partidos chamava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) e era liderado por um ex-cabo de nome Adolf Hitler. O partido nazista chegou ao poder na Alemanha em 1933 e constituiu um governo totalitário chefiado pelo seu único líder Adolf Hitler. Fortalecido, o Führer lançou mão de uma propaganda sedutora e de violência policial para implantar a mais cruel ditadura que a humanidade já conhecera. A propaganda era dirigida por Joseph Goebbles, doutor em Humanidades e responsável pelo Ministério da Educação do Povo e da Propaganda. Esse órgão era encarregado de manter um rígido controle sobre os meios de comunicação, escolas e universidades e de produzir discursos, hinos, símbolos, saudações e palavras de ordem nazista. Já a violência policial esteve sob o comando de Heinrich Himmler, um racista extremado que se utilizava da SS (tropas de elite), das SA (tropas de choque) e da Gestapo (polícia secreta de Estado) para prender, torturar e eliminar os inimigos do nazismo. No plano econômico, o governo hitlerista estimulou o crescimento da agricultura, da indústria de base e, sobretudo, da indústria bélica. Com isso, o desemprego diminuiu, o regime ganhou novos adeptos e a Alemanha voltou a se equipar novamente, ignorando os termos do Tratado de Versalhes. Nos anos entre 1938 e 1945 o partido expandiu-se com a implantação do regime fora da Alemanha, inicialmente nos enclaves de população alemã nos países vizinhos, depois nos países não germânicos conquistados. Como movimento de massa o Nacional Socialismo terminou em abril de 1945, quando Hitler cometeu suicídio para evitar cair nas mãos dos soldados soviéticos que ocuparam Berlim.

ASCENÇÃO DO NAZISMO

1919: Fundação do Partido Fascista Alemão

1920: Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães

Seções de Assalto: SA – “Camisas Pardas”

1923: PUTSCH DE MUNIQUE

“MEIN KAMPF” (Minha Luta)

“[...] todo cruzamento de dois seres de valor desigual dá como produto um meio termo entre os valores dos pais [...] Tal ajuntamento está em contradição com a vontade da natureza, que tende a elevar o nível dos seres. Este objetivo não pode ser atingido pela união de indivíduos de valores diferentes, mas só pela vitória completa e definitiva dos que representam o mais alto valor. O papel do mais forte é o de dominar e não o de se fundir com o mais fraco, sacrificando assim sua própria grandeza.” (Adolf Hitler – Mein Kampfk)

1924 – 1929: Recuperação Econômico-Financeira da Alemanha (Plano Dawes) e atuação do Ministro da Propaganda Nazista Joseph Goebbels

1932: Eleições Presidenciais – Mal. Hinderburg X Hitler (vitória de Hindenburg)

Hitler forma uma coalização governamental assumindo o cargo de chanceler

1933: Incêndio do Reichstag

Atuação da SA, SS e GESTAPO: censura, perseguições, terror policial;

1934: Morte do Mal. Hindenburg;

HITLER: Chanceler e Presidente, FÜHRER (Guia)

Fundação do III Reich Alemão

CARACTERÍSTICAS DO NAZISMO

  • Culto a personalidade o líder é infalível e inatacável
  • Nacionalismo o pais sempre em 1º lugar
  • Totalitarismo- nada deve vir acima do Estado
  • Militarismo um pais forte tem que ter um exercito poderoso
  • Corporativismo- existência de um único partido que organiza a sociedade
  • Anticomunismo- O comunismo é o grande inimigo em comum
  • Antiliberalismo- ausência de liberdade sindical, econômica e de imprensa
  • Grande maquina de propaganda controlada pelo Estado
  • Apoio das elites em temor ao comunismo
  • Racismo – O centro da ideologia nacional-socialista é a raça. A teoria nazista defende que a raça ariana é uma raça-mestra, superior a todas as outras.

Teoria ideológica

De acordo com o livro Mein Kampf ("Minha Luta"); Hitler desenvolveu as suas teorias políticas pela observação cuidadosa das políticas do Império Austro-Húngaro. Ele nasceu como cidadão do Império e acreditava que a sua diversidade étnica e lingüística o enfraquecera. Também via a democracia como uma força desestabilizadora, porque colocava o poder nas mãos das minorias étnicas, que tinham incentivos para enfraquecer e desestabilizar mais o Império, diferentemente da ditadura, que colocava o poder nas mãos de indivíduos restritos e intelectualmente favoráveis.

O nacional-socialismo diz que uma nação é a máxima criação de uma raça. Conseqüentemente, as grandes nações (literalmente, nações grandes) seriam a criação de grandes raças. A teoria diz que as grandes nações alcançam tal nível devido seu poderio militar e intelectual e que estes, por sua vez, se originam em culturas racionais e civilizadas, que, por sua vez ainda, são criadas por raças com boa saúde natural e traços agressivos, inteligentes e corajosos.

Nações incapazes de defender as suas fronteiras, diziam, seriam a criação de raças fracas ou escravas. Defendiam eles que as raças escravas eram menos dignas de existir do que as raças-mestras. Em particular, se uma raça-mestra necessitar de espaço para viver (Lebensraum), teria ela o direito de tomar o território das raças fracas para si.

Foi esta a justificação teórica para a opressão e eliminação dos judeus, ciganos, eslavos e homossexuais, um dever que muitos nazis consideravam repugnante, tendo eles como prioridade a consolidação do estado ariano.


Extensão do Holocausto

O número exato de pessoas mortas pelo regime nazista continua a ser objeto de pesquisa. Documentos liberados recentemente do segredo no Reino Unido e na União Soviética indicam que o total pode ser algo superior ao que se acreditava. No entanto, as seguintes estimativas são consideradas muito fiáveis.

6.0 – 7.0 milhões de polacos, dos quais 3.0 – 3.5 milhões de polacos judeus

5.6 – 6.1 milhões de judeus, dos quais 3.0 – 3.5 milhões de judeus polacos

3.5 – 6 milhões de outros civis eslavos

2.5 – 4 milhões de prisioneiros de guerra (POW) soviéticos

1 – 1.5 milhões de dissidentes políticos

10 000 – 25 000 homossexuais

2 500 – 5 000 Testemunhas de Jeová

Teoria econômica

A teoria econômica nazista preocupou-se com os assuntos domésticos imediatos e, em separado, com as concepções ideológicas da economia internacional.A política econômica doméstica concentrou-se em três objetivos principais:

* eliminação do desemprego

* eliminação da hiperinflação

* expansão da produção de bens de consumo para melhorar o nível de vida das classes média e baixa

Do ponto de vista econômico, o nazismo e o fascismo estão relacionados. O nazismo pode ser encarado como um subconjunto do fascismo - todos os nazistas são fascistas, mas nem todos os fascistas são nazistas. O nazismo partilha muitas características econômicas com o fascismo, com o controle governamental da finança e do investimento (através da atribuição de créditos), da indústria e da agricultura, ao mesmo tempo em que o poder corporativo e sistemas baseados no mercado para criar os preços se mantinham. Citando Benito Mussolini: "O fascismo devia ser chamado corporativismo, porque é uma fusão do Estado e do poder corporativo."

Triângulos do Holocausto

Os campos de concentração nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, possuíam um sistema de figuras geométricas em forma de triângulos, para auxiliar na identificação do tipo de pessoa que a portava. Face ao enorme remanejamento nos campos de concentração alemães e para efeito de transporte de prisioneiros que cumpriam tarefas fora dos campos, em vez de números, os prisioneiros, eram identificados com triângulos de cores que facilitavam identificar tanto o campos de origem do prisioneiro como seu idioma.

Como exemplo

Amarelo

judeus -- dois triângulos sobrepostos, para formar a Estrela de Davi, com a palavra "Jude" (judeu) inscrita; mischlings i.e., aqueles que eram considerados apenas parcialmente judeus, muitas vezes usavam apenas um triângulo amarelo.

Vermelho

dissidentes políticos, incluindo comunistas, sociais-democratas, liberais, anarquistas e maçons.

Verde

criminoso comum. Criminosos de ascendência ariana recebiam frequentemente privilégios especiais nos campos e poder sobre outros prisioneiros.

Púrpura (roxo)

basicamente aplicava-se a todos os objectores de consciência por motivos religiosos, por exemplo, as Testemunhas de Jeová, que negavam-se a participar dos empenhos militares da Alemanha nazista e a renegar sua fé assinando um termo declarando isto.

Azul

imigrantes. Foram usados, por exemplo, pelos prisioneiros Espanhóis que se exilaram em França a seguir à derrota na revolução Espanhola, e que mais tarde foram deportados para a Alemanha considerados como apátridas.

Castanho

ciganos roma e sinti.

Negro

lésbicas e mulheres "anti-sociais". (alcoólatras, grevistas, feministas, deficientes e mesmo anarquistas). Os Arianos casados com Judeus recebiam um triângulo negro sobre um amarelo.

Rosa

homossexuais.

Letras

Além do código das cores, alguns subgrupos tinham o complemento de uma letra localizada no centro do triângulo, para especificar prefixo do país de origem do prisioneiro, por exemplo:

B para belgas.

F para franceses.

I para italianos.

P para polacos.

S para espanhois.

T para tchecos.

U para húngaros.

Bibliografia

1925 - Adolf Hitler -Mein Kampf - Minha Luta (Editora Centauro, 2001).

1939 - N. Micklem - National socialism and Christianity, Nova Iorque, Farrar and Rinehart (O Nacional-Socialismo e a Cristandade, Lisboa, Editorial da Marinha, 1940).

1968 - J. S. Conway - The Nazi Persecution of the Churches, 1933-1945, Nova Iorque, Basic Books.

1969 - Johan M. Snoek - The Grey Book

1973 - Joachim Fest - Hitler, 2 vols. (Editora Nova Fronteira, 2005).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário